MULHER E SUSTENTABILIDADE

Juliana Amaral Gobbo

As pesquisas demonstram que a mulher é mais sustentável que o homem.  Para as mulheres, existe preocupação com o coletivo e a natureza. Sob seu instinto de proteção, a mulher possui senso de futuro.

As motivações de voto feminino, passam pela sustentabilidade, as mulheres votam mais a favor do meio ambiente do que os homens.

Outra pesquisa, aponta que a pegada de carbono da mulher é menor, ou seja, os homens gastam mais energia nas suas rotinas.

A ONU também constatou que além de ter maior consciência e atitude, as mulheres são mais afetadas com os problemas pelas mudanças climáticas.

Apesar do envolvimento e protagonismo das mulheres nas causas ambientais, ainda não existe grande representatividade, havendo menos cargos de poder de tomadas de decisões (menos de 30% da maioria dos principais órgãos de negociação das mudanças climáticas nacionais e globais).

Infelizmente, a maioria dos homens que são apáticos ao tema, entendem que se preocupar com a natureza faz parte do mindset feminino, e assim nos distanciamos da mudança cultural.

A mudança cultural necessária, não se fará com imposição. O cuidado com o meio ambiente está ligado ao respeito, devemos ensinar aos jovens para nascer de dentro o respeito e planejamento futuro.

Faz parte do papel da mulher formar cidadãs e cidadãos com um futuro melhor, pois a educação à sustentabilidade começa em casa.

A educação ambiental é obrigatória por lei, na organização curricular das escolas e universidades, assim os jovens já podem construir visões de mundo capazes de perceber, compreender e aprender uma nova forma de convivência entre os seres humanos, baseadas na ética do cuidado:  na defesa da vida e das relações pacíficas entre os seres humanos e com os demais seres da natureza.

Na sustentabilidade, fazer a coisa certa está em evolução constantemente, assim como as mulheres também estão em evoluindo para um mundo melhor, sendo a mulher, melhor representante dos princípios sustentáveis: catalisar, transformar, integrar e inteirar.

(A autora é advogada, Presidente da Comissão da Mulher Advogada, e Membro da Comissão das Famílias-OAB/Rio Claro)